Amigos, antes de responder a algumas das questões que me foram enviadas, gostaria de dizer que o que tenho estado a dizer e o que vou dizer não é um brinquedo intelectual, não é um novo conjunto de teorias sobre as quais possamos discutir para mera estimulação mental; nem se destina a dar uma nova sensação a uma emoção já fatigada. A verdadeira significação e profundidade do seu significado só se descobrem quando experimentarem; caso contrário não terá valor num mundo onde há constante conflito.
Para fazer uma experiência, é preciso começar consigo próprio. Afinal, não podem começar a experimentar com qualquer outra pessoa. Não saberão nem o resultado nem o significado dessa experiência se não a testarem em vocês próprios.
Portanto em vez de considerarem o vosso semelhante, deveriam começar a descobrir como experimentar verdadeiramente consigo próprios. Para ajudar o mundo temos que começar por nós mesmos. Se conseguirmos experimentar verdadeiramente connosco próprios para que haja um ajustamento contínuo, não o ajustamento a uma disciplina estereotipada, não o seguimento cego de um padrão, não a prática incessante de uma ideia, então uma experiência assim no viver trará uma mudança significativa na acção, na conduta, em todo o nosso ser.
Eu sugeriria que em vez de considerarem superficialmente as ideias que exponho, as experimentassem para ver se elas têm algum valor prático na vossa vida diária.
A maior parte de nós está adestrada em certos preconceitos, tradições e medos, forçada pelo meio a seguir e a obedecer, e é através desse contexto que pensamos e agimos. Este contexto tornou-se uma parte inconsciente de nós, e é a partir deste centro de inconsciência que começamos a pensar, a sentir e a agir. Todas as nossas acções, que brotam dessa limitação da mente e do coração, se tornam naturalmente cada vez mais limitadas, cada vez mais tacanhas, cada vez mais condicionadas. Assim o nosso ser inconsciente, esses pensamentos e sentimentos habituais que não questionámos ou compreendemos, está continuamente a perverter, a interferir e a obscurecer as acções conscientes. Se não compreendermos e portanto não nos libertarmos desse contexto com o qual crescemos, naturalmente que esses preconceitos, esses medos estarão continuamente a interferir e a condicionar o consciente. Consciência é acção, é discernimento. Deste modo a nossa consciência está a ser continuamente limitada, condicionada através do medo, através da tradição. Em vez de nos liberarmos, de nos libertarmos, a acção apenas aumenta o nosso conflito, os nossos problemas, e viver torna-se então apenas uma série de conflitos, uma série de lutas.
Para fugir destas lutas, criámos determinadas ilusões, como escapes, que se tornaram realidades para nós. Isto é, temos inumeráveis problemas e conflitos, e para lhes fugir estabelecemos escapes regulares e reconhecidos. Estes escapes são a religião organizada, a aquisitividade, o estabelecimento e seguimento de uma tradição, e os muitos escapes através da sensação.
Se estiverem conscientes das vossas acções, notarão que isto é o que acontece à maior partes de vocês, que estão a funcionar através de um contexto estabelecido de tradição, ou de medo, e em consequência a aumentar o vosso conflito, as vossas lutas. Em vez de se libertarem, através da acção, implantam vários escapes ou fugas, e estes tornam-se tão reais, tão exigentes, que a mente se encontra em imensa dificuldade para se libertar deles.
Libertarem-se da causa da acção limitada crescente, isto é, da inconsciência, não é escavar no passado, mas darem-se conta da acção no presente. Em vez de procurarem ver se são escravos da tradição, do medo, do preconceito, dêem-se plenamente conta da vossa acção, e nessa chama de consciência a causa da limitação, tal como o medo, revelar-se-á. Isto é, se estiverem plenamente despertos, plenamente conscientes numa acção que exige todo o vosso ser, então perceberão que todas estas perversões escondidas, inconscientes, saltarão para diante e impedi-los-ão de agir plenamente, completamente. É então a altura de lidar com elas, e se a chama da consciência for intensa, essa chama consome estas causas limitativas.
Em vez de seguir um padrão, uma linha de acção bem delineada, o que, de novo, tem que estropiar o pensamento e a emoção, se pudermos estar plenamente conscientes no momento da acção, e isto só pode ser quando o pensamento e o sentimento são intensos, então as profundezas escondidas e inexploradas da nossa consciência revelar-se-ão; ao passo que se apenas examinarem o inconsciente através da auto-análise, verificarão que as vossas acções se tornam cada vez mais restringidas, cada vez mais superficiais, perdendo por isso o seu significado, a sua profundidade, e assim a vida torna-se superficial e vazia. Se começarem a estar conscientes, a lidar com a questão integralmente, como um todo, completamente, então verão como na vossa mente se insinuarão todos os vários condicionamentos, pensamentos defensivos, herdados ou adquiridos. Descobrirão então – se na realidade experimentarem – que a mente e o coração não estão em conflito, não se contradizem um ao outro, mas são a própria fonte, o manancial daquilo que procuram, esse êxtase criativo, a verdade.
Em vez de procurarem paz, felicidade, ou tentarem descobrir o que é a verdade ou a imortalidade, ou se existe Deus, na chama da consciência, a mente e o coração podem libertar-se do medo, do preconceito, das perversões, das causas do condicionamento, e então essa consciência é o verdadeiro êxtase da vida, da verdade.
Pergunta: O que se deve fazer para uma pessoa se livrar da solidão e do medo?
Krishnamurti: Primeiro vamos descobrir o que fazemos agora, e depois podemos indagar sobre o que deveríamos fazer. Se estamos sós, o que fazemos? Tentamos fugir da solidão através da companhia, através do trabalho, do divertimento, da veneração, da oração, de todas as fugas bem conhecidas e habilidosamente bem estabelecidas. Porque é que fazemos isso? Pensamos que podemos encobrir a solidão com estas fugas, através destes escapes. Podemos alguma vez encobrir uma coisa que está inerentemente enferma? Podemos encobrir momentaneamente a solidão, mas ela continua a toda a hora.
Portanto, onde há fuga, tem que haver a continuação da solidão. Não há substituição para a solidão. Se pudermos compreender isto com todo o nosso ser, completamente, se pudermos compreender que não há possibilidade de fugir da solidão, do medo, então o que acontece? A maior parte de vocês não será capaz de responder, porque nunca enfrentaram completamente o problema. Não sabem o que aconteceria se todas as vias de fuga tivessem sido completamente obstruídas e não existisse a mínima possibilidade de escape.
Sugiro que experimentem com isso. Quando estiverem sozinhos, estejam plenamente conscientes e verão que a vossa mente quer fugir, quer escapar. Quando a mente está consciente de que está a fugir e ao mesmo tempo percebe o absurdo de fugir, nessa compreensão a solidão desaparece verdadeiramente. Por favor, quando são confrontados com um problema e não há possibilidade de uma saída, então o problema cessa, o que não significa a sua aceitação. Agora procuram um remédio para a solidão, uma substituição, e por isso o problema não é o significado da solidão mas qual é o remédio para a solidão, qual é a melhor maneira de lhe fugir ou de a encobrir. Mas quando a mente já não procura uma fuga, então a solidão ou o medo têm um significado muito diferente.
Ora bem, não podem acreditar em mim: tudo o que podem dizer é que não sabem. Não sabem se a solidão e o medo desaparecerão, mas experimentando compreenderão o significado integral da solidão. Se simplesmente procurarmos um remédio para a solidão ou para o medo, tornamo-nos muito superficiais, não tornamos? Para o homem que tem tudo o que quer, ou para o homem que quer tudo, a vida torna-se muito superficial. Na simples procura de remédios, a vida torna-se sem sentido, vazia; ao passo que, se forem realmente confrontados com um problema ardente e não houver maneira de fuga possível, então verão que esse problema lhes faz uma coisa milagrosa. Já não é apenas um problema; é intensamente vital, para ser examinado, para se viver com ele, para ser compreendido.
Pergunta: Acha que uma pessoa deve transigir na vida diária?
Krishnamurti: Acha que há uma possibilidade de solução de compromisso entre a guerra e a paz? Isto é, se realmente pensarem que a guerra, que matar por qualquer razão patriótica ou por qualquer outra razão, está fundamentalmente errada, acham que poderiam transigir com respeito a criar ou tomar parte numa guerra? Da mesma maneira, entre a aquisitividade e a não aquisitividade, acham que pode haver qualquer compromisso?
Há compromisso se num dado momento são aquisitivos e no momento seguinte são não aquisitivos. Se não forem aquisitivos, se não se estiverem realmente à procura de obter aquisitividade, se não se forem conduzidos por ela, então não há compromisso. Mas, quando são possessivos e estão a ser conduzidos pelas circunstâncias, pelas ideias e ideais, a ser não aquisitivos, então começam a transigir, então começam a procurar a maneira melhor e menos perniciosa de se comprometerem.
Se realmente estão livres da aquisitividade, embora possam viver neste mundo de posses, não há compromisso. Têm que descobrir se são aquisitivos. Isto é muito simples. Para fazer isto não comecem a analisar as vossas acções, o que só leva à limitação da acção, mas estejam plenamente conscientes no momento da própria acção.
O tempo não os libertará da aquisitividade. Isto é, não podem aprender a não aquisitividade através da postergação para um futuro; somente podem tornar-se livres da aquisitividade no presente, e não após um longo período. Só podem discernir o seu significado agora, instantaneamente. Mas, como não queremos discernir isto imediatamente, dizemos, enganando-nos a nós próprios, que aprenderemos a não aquisitividade mais tarde, através dos anos vindouros. Só no presente podemos compreender a estupidez da aquisitividade, e não no futuro. A ausência de aquisitividade não é o resultado do desenvolvimento evolucionário lento da mente e do coração.
Um amigo meu tornou-se padre há um dez anos atrás. Disse-me no outro dia que lhe levou dez anos para ver o disparate do seu acto. Pergunto-me se lhe levou esse tempo; ou não seria porque ele estava tão arrebatado pelos seus desejos, pelas suas emoções, pelos seus medos, pelas tradições, que não foi então capaz de pensar claramente, e começou a fazê-lo só quando estava desiludido? O que aconteceu foi que ele estava emocionalmente arrebatado e influenciado pelo medo, pela autoridade, pela tradição. Se ele tivesse estado plenamente consciente no momento da sua decisão, não teria levado dez anos para descobrir a tolice desse acto.
A questão é: Deverá haver compromisso? Naturalmente há compromisso quando são aquisitivos e ao mesmo tempo não querem ser aquisitivos. Nesse conflito de opostos tem que haver compromisso. Não há solução para isso, e quando a vida se torna um conflito contínuo entre os opostos, então é uma luta estúpida e sem sentido. Mas se discernirem verdadeiramente o significado total da aquisitividade, então nessa liberdade há riqueza, a beleza duradoura da vida.
Pergunta: O senhor diz que a memória é uma barreira. Porquê?
Krishnamurti: Qualquer coisa que percebamos directamente, que compreendamos completamente, não deixa cicatriz na memória. Se viverem uma experiência integralmente, embora possam relembrar o incidente, ele não produzirá aquelas reacções que usam para a vossa auto-defesa. Se eu tiver uma experiência cujo significado não compreendo completamente, então a mente simplesmente se torna num centro de conflito e este conflito continua até que eu compreenda essa experiência integralmente. Enquanto a mente estiver sobrecarregada com estes conflitos, é apenas um armazém de reacções defensivas, chamadas memórias, e é com essas memórias protectoras que abordamos a vida, criando assim uma barreira entre a vida e nós próprios, da qual resulta todo o conflito, medo e sofrimento. É isto o que fazemos a maior parte do tempo. Em vez de estarmos nesse estado de vazio criativo, a mente torna-se simplesmente um armazém de memórias defensivas. A este feixe de reacções defensivas chamamos o “eu”, essa consciência limitada.
É com essa consciência limitada, que é apenas uma série de camadas de memória auto-protectoras, invulneráveis, que vocês abordam a vida e todas as suas experiências. As experiências, em vez de dissiparem estas muitas camadas e assim libertarem a força criativa da vida, simplesmente criam e acrescentam mais memórias defensivas, e portanto a vida torna-se um conflito contínuo, confusão e sofrimento. Em vez de ser completamente vulnerável à vida, de estar completamente vazia – não no sentido negativo da palavra – de estar integralmente sem auto-defesa, a mente tornou-se uma máquina de aviso, de orientação, para se proteger e defender. Para mim, tais memórias auto-protectoras, defensivas, são barreiras fundamentais, porque impedem a completa realização da vida, que por si só é a verdade.
Considerem por vocês próprios como a mente não é vulnerável. A vulnerabilidade completa é sabedoria. Quando têm uma experiência, observem o que acontece. Todos os vossos preconceitos, as vossas memórias, as vossas reacções defensivas avançam e lhes dizem como agir, como se comportarem. Portanto já decidiram como lidar como o novo, o recente.
Afinal, para compreender a verdade, Deus, o desconhecido, ou qualquer outro nome que lhe queiram dar, a mente e o coração têm que vir não preparados, inseguros. Na vitalidade da insegurança, existe o eterno.
Ao protegerem-se, edificaram seguranças astuciosas, certezas, memórias subtis, e é preciso muita inteligência para se libertarem delas. Não podem ignorá-las ou esquecê-las. Só podem descobrir estas barreiras na plena consciência da própria acção.
Ouvirem-me tem que ser também uma experiência. Se estão de todo interessados e vivos para o que estou a dizer, verão que vão ao seu encontro com todo o género de objecções. Não o abordam abertamente, com um desejo de descobrir, de experimentar. Só quando a mente e o coração são flexíveis, estão alerta, e não são escravos de teorias, certezas, garantias, é que começam a descobrir as barreiras das memórias como reacção auto-protectora, defensiva. Estas cicatrizes a que chamamos memórias interpõem-se continuamente entre o movimento da vida, que é eterno, e nós próprios, causando conflito, sofrimento.
Pergunta: Como posso despertar a inteligência?
Krishnamurti: Porque é que quer despertar a inteligência? Pode realmente despertar a inteligência, ou a mente despoja-se das muitas estupidezes e descobre que ela mesmo é inteligência? Por favor vejam o significado da pergunta. O interlocutor quer saber o que deve fazer para despertar a inteligência. Quer saber o método, o modo, a técnica. Quando a mente deseja saber como, está na realidade a procurar um sistema preciso, e torna-se depois escrava desse sistema. Ao passo que, se começarem a descobrir por si próprios o que são as estupidezes, então a mente torna-se requintadamente, delicadamente alerta. É descobrindo e compreendendo quais são as estupidezes e renunciando a elas que há o despertar da verdadeira inteligência.
Quando perguntam como é que se desperta a inteligência, estão na realidade a exigir regras e regulamentos, para poderem forçar a vossa mente a uma determinada rotina. Ao dizer-lhes exactamente o que fazer, vocês chamariam a isto uma maneira positiva de lidar com a vida. Na realidade é uma negação do pensamento, torná-los escravos de um determinado sistema. Ao passo que, se estivessem verdadeiramente a começar a estar conscientes do vosso meio, passado e presente, do vosso próprio pensamento, das vossas próprias acções, então ao descobrir o que é estúpido, despertariam a verdadeira inteligência. As definições de inteligência tendem a escravizar a mente e o coração.
Podemos descobrir por nós próprios o que são estupidezes. Não é preciso dar uma lista completa delas. Temos que descobrir por nós próprios a verdadeira causa da estupidez. Se pudermos fazer isso, então não precisamos de fazer um inventário de estupidezes.
Qual é a causa da estupidez? Todo o pensamento, emoção e acção que brota da consciência limitada, do “eu”, origina a estupidez. Enquanto a mente for simplesmente uma entidade auto-defensiva, aquisitiva, qualquer acção que daí brote tem que conduzir à confusão e ao sofrimento.
Pergunta: O que quer dizer exactamente por meio?
Krishnamurti: Há um meio exterior, como o país, o lugar, a classe etc.; depois há um meio interior de tradição, de ideias herdadas ou adquiridas. Podemos portanto dividir o meio em externo e interno, mas na realidade não existe tal divisão tão precisa, já que os dois estão intimamente entrelaçados.
Vejam por exemplo uma pessoa nascida na Índia. É criada num determinado sistema religioso. Com muitas crenças, com preconceitos de casta, com vantagens e desvantagens sociais e económicas, etc. Com este contexto herdado, desenvolve um condicionamento adicional da mente e do coração. Não só herdou dos seus pais, da sua religião, do seu país e da sua raça, um determinado condicionamento, como também acrescenta a isso as suas próprias reacções, as suas próprias memórias, preconceitos, baseados no seu contexto herdado.
Durante todo o tempo acompanha-o o contexto dos preconceitos, herdados e adquiridos, dos medos, dos desejos, das ânsias, das esperanças, das memórias. Tudo isso constitui o meio. É com esse contexto, com essa mente condicionada, que aborda a vida, que tenta compreender este constante movimento da vida. Isto é, a partir de um ponto fixo tenta ir ao encontro da vida, que está sempre em eterno devir. Naturalmente que então tem que haver conflito entre o ponto fixo e essa coisa que está sempre viva, a mover-se. Onde há conflito, há o desejo de escape, de fuga; e a religião torna-se apenas numa das reacções defensivas contra a inteligência. As religiões, a consciência de classes, a aquisitividade, tudo isso se torna em vias de fuga, os refúgios do conflito que acontece entre esse ponto fixo do preconceito, das memórias, dos medos, a consciência limitada, o “eu”, e o movimento da vida.
Só pode haver compreensão verdadeira, alegria real de viver, quando há unidade completa, ou quando já não há o ponto fixo, isto é, quando a mente e o coração podem seguir livre e velozmente as deambulações da vida, da verdade. Há nisso êxtase. Isso é a imortalidade.
Enquanto não se tiver discernido o verdadeiro significado do meio, a mente e o coração estão presos a esse ponto fixo da consciência limitada. Daqui surge conflito e sofrimento, a batalha constante entre o ponto fixo e o eterno movimento da vida. Daqui nasce uma reacção defensiva contra a vida, contra a inteligência.
A vida torna-se numa série de conflitos e escapes; rodearam-se tão completamente destas ilusões, destas fugas, que, para vocês, se tornaram realidades das quais esperam receber felicidade e paz, mas isso elas nunca lho poderão dar. Através da consciência constante, através da penetração, através da constante vigilância da mente, questionando, duvidando, os muros desse ponto fixo da consciência, desse centro com as suas ilusões, têm que ser reduzidos. Só então há imortalidade.
Compreender a imortalidade, a vida, exige grande inteligência, não um misticismo estúpido. Exige interminável discernimento, que só pode existir quando há penetração constante, desgaste dos muros da tradição, da aquisitividade, das reacções auto-protectoras. Podem fugir para alguma ilusão a que chamam paz, imortalidade, Deus, mas isso não terá realidade, porque continuará a haver dúvida, sofrimento. Mas o que libertará a mente e o coração do sofrimento, das ilusões, é a consciência plena desse movimento eterno da vida. E isto só se discerne quando a mente está livre daquele centro, daquele centro fixo da consciência limitada.