Vamos por um momento, pelo menos imaginativamente, lançar uma vista de olhos sobre o mundo de um ponto de vista que revelará o trabalho interior e o trabalho exterior do homem, as suas criações e as suas batalhas; e se puderem fazer isso imaginativamente por um momento, o que é que se lhes depara? Vêem o homem aprisionado por inumeráveis muros, os muros da religião, das limitações sociais, políticas e nacionais, muros criados pelas suas próprias ambições, aspirações, medos, esperanças, segurança, preconceitos, ódio e amor. É mantido dentro dessas barreiras e prisões, limitado pelos mapas coloridos das fronteiras nacionais, dos antagonismos raciais, das lutas de classes e das distinções de grupos culturais. Vêem o homem em todo o mundo aprisionado, cercado pelas limitações, os muros de sua própria criação. Através destes muros e através destas clausuras ele tenta expressar o que sente e o que pensa, e dentro desses muros o homem funciona com alegria e com pesar.
Vêem portanto o homem em todo o mundo como um prisioneiro, aprisionado dentro dos muros da sua própria criação, dentro dos muros de sua própria construção; e através destas clausuras, através destes muros do meio, através da limitação das suas ideias, ambições e aspirações – através deles ele tenta funcionar, às vezes com êxito, e outras com terrível luta. E ao homem que tem êxito em acomodar-se na prisão chamam-lhe bem sucedido, ao passo que ao homem que sucumbe e falha na prisão chamamos-lhe um fracassado. Mas ambos, sucesso e fracasso, estão dentro dos muros da prisão.
Ora bem, quando olham para o mundo dessa maneira vêem o homem nessa limitação, nessa clausura. E o que é esse homem, o que é essa individualidade? O que é o seu meio, e quais são as suas acções? É sobre isso que quero falar esta manhã.
Em primeiro lugar, o que a individualidade? Quando vocês dizem, “Eu sou um indivíduo”, o que querem dizer com isso? Eu penso que com isso querem dizer – sem dar explicações filosóficas ou metafísicas subtis – com individualidade querem dizer, a consciência da separação, e a expressão dessa consciência separada a que chamam auto-expressão. Isto é, a individualidade é esse pleno reconhecimento, essa plena consciência de pensamento separado, emoção separada, limitados e mantidos na dependência do meio; e à expressão desse pensamento limitado e desse sentimento separado, que essencialmente são o mesmo, o indivíduo chama a sua auto-expressão. Esta auto-expressão do indivíduo, que é apenas a consciência da separação, ou é forçada e compelida pelas circunstâncias a tomar alguma direcção ou acção particulares; ou, apesar das circunstâncias, expressa inteligência, que é o viver criativo. Isto é, como indivíduo ele tornou-se consciente da sua acção separativa, é compelido, forçado, circunscrito, instado a funcionar ao longo de uma qualquer direcção particular que ele não escolhe de todo. A maior parte das pessoas são forçadas ao trabalho, a actividades, vocações para as quais não estão de todo talhadas. Passam o resto da sua existência batalhando contra estas circunstâncias e desperdiçam assim todas as suas energias em lutas, dor, sofrimento, e ocasionalmente em prazer. Ou então o homem trespassa as limitações do meio porque compreende o seu pleno significado, e vive inteligentemente, criativamente, seja no mundo da arte, da música, da ciência, ou no das profissões, sem o sentido de separação através da expressão.
Esta expressão de inteligência criativa é muito rara, e embora tenha a aparência de individualidade ou separatividade, para mim não é individualidade mas inteligência. Onde há a verdadeira inteligência a funcionar, não existe a consciência de individualidade; mas onde há frustração, esforço e luta contra as circunstâncias, há consciência de individualidade, que não é inteligência.
Ao homem que funciona inteligentemente e que por isso está livre das circunstâncias chamamos criativo, divino. Para um homem que está na prisão, o homem liberto, o homem inteligente é como um deus. Portanto não precisamos de discutir sobre esse homem que é livre, porque não estamos preocupados com ele; a maioria das pessoas não está preocupada com ele, e não vou tratar dessa liberdade porque a libertação, a divindade, só pode ser compreendida, realizada, quando tiverem deixado a prisão. Não podem compreender a divindade na prisão. Portanto é absolutamente inútil, meramente metafísico ou filosófico, discutir o que é a libertação, o que é a divindade, o que é Deus; porque o que agora podem discernir como Deus tem que ser limitado, uma vez que a vossa mente está circunscrita, mantida em dependência; por isso não a descreverei. Enquanto esta expressão espontânea, inteligente a que chamamos vida, que é essa realidade refinada, for frustrada, há apenas a acentuação da consciência do indivíduo. Quanto mais batalharem contra o meio sem compreender, quanto mais lutarem contra as circunstâncias, mais conscientes se tornam nesse esforço, na vossa limitação.
Por favor, não suponham que o oposto dessa consciência limitada seja a completa aniquilação, ou o funcionamento mecânico, ou a actividade de grupo. Estou a mostrar-lhes a causa da individualidade, como surge a individualidade; mas com a dissipação, o desaparecimento dessa consciência limitada, não resulta que se tornem mecânicos, ou que haja um colectivo a funcionar através do centro de interesse de um único indivíduo dominador. Porque a inteligência está livre do particular que é o indivíduo, bem como do colectivo (porque afinal, o colectivo é apenas a multiplicidade de indivíduos), e há o desaparecimento desta consciência limitada a que chamamos individualidade, não se pode concluir que se tornem mecânicos, colectivos; mas antes que há inteligência, e que essa inteligência é cooperante, não destrutiva, não individualista ou colectiva.
Cada homem está portanto frustrado, e consciente da sua própria separação, ele funciona e age no meio e através dele; batalhando contra ele e fazendo esforços colossais para se ajustar, para modificar e alterar as circunstâncias. Não é isto que todos nós fazemos? Estão frustrados no vosso amor, na vossa vocação, nas vossas acções; e na luta contra as vossas limitações tornam-se perspicazes na vossa consciência, e começam a modificar e a alterar as circunstâncias, o meio. Que acontece então? Apenas aumentam os muros da resistência, porque a modificação ou a alteração é apenas o resultado da falta de compreensão; quando compreendem não procuram modificar, alterar, reformar.
Portanto na modificação, no ajustamento, na alteração, nos vossos esforços para irromper através das limitações, dos muros, há aquilo que chamam actividade. Para a grande maioria das pessoas a acção nada mais é que a modificação do meio, esta acção leva à ampliação dos muros da prisão, ou da limitação do meio. Se não compreenderem qualquer coisa e apenas tentarem modificá-la, a vossa acção tem que aumentar as barreiras, tem que edificar novos conjuntos de barreiras; os vossos esforços apenas ampliam a prisão. E a estas barreiras, a estes muros o homem chama-lhes meio; e ao funcionamento dentro delas chama acção.
Pergunto-me se expliquei bem isto. Sem compreender o significado do meio, o homem luta para alterar, modificar esse meio, e em consequência apenas eleva os muros da prisão, embora ele pense que os removeu. Estes muros são o meio, sempre variável, e a acção para ele é apenas a modificação deste meio.
Portanto nunca há uma libertação, nunca há uma plenitude, uma riqueza nesta acção: há apenas medo crescente, e nunca realização. A multiplicação de problemas é todo o processo da existência do indivíduo, de vocês próprios. Pensam que resolveram um problema, e no seu lugar cresce outro, e assim continuam até ao fim da vida, e quando não há nenhum problema, então vocês chamam a isso morte. Quando não há possibilidade de mais um problema, naturalmente que para vocês é aniquilação e morte.
E mais uma vez, não nasce o vosso afecto, o vosso amor, do medo e não está cercado pela inveja, pela suspeita, e oprimido pela possessividade e pela mágoa? Porque este amor nasce do desejo de possuir, nasce da insuficiência, nasce da incompletude. E o pensamento é apenas a reacção à limitação, ao meio. Não é? Quando vocês dizem, “Eu penso”, “Eu sinto”, estão a reagir ao meio e não a tentar trespassar aquele meio. Mas a inteligência é o processo de trespassar o meio, não a reacção ao meio. Isto é, quando dizem, “Eu penso”, querem dizer que têm um determinado conjunto de ideias, crenças, dogmas e credos. E tal como um animal que está amarrado a um poste deambula dentro do comprimento da sua corda, assim vocês deambulam dentro da limitação dessas crenças, dogmas e credos. Sem dúvida que isso não é pensar. Isso é apenas ter reacções à dependência, às crenças, aos dogmas e aos credos; estas reacções produzem um esforço, um conflito, e vocês chamam pensar a esse conflito, mas é apenas como andar às voltas dentro das paredes de uma prisão. A vossa acção é apenas reacção a esta prisão, produzindo mais medo, mais limitação; não é assim?
Quando falamos sobre acção o que é que queremos dizer? Movimento dentro da limitação do meio, aquele movimento confinado a uma ideia fixa, a um preconceito fixo, a uma crença, dogma ou credo fixos; a um movimento assim, dentro dessa limitação, vocês chamam acção. Portanto quanto mais agem, menos inteligentes e livres se tornam; porque têm sempre este ponto fixo da protecção, da segurança, este dogma ou credo; e como começam a agir a partir disso, naturalmente estão somente a criar mais limitações, mais muros de restrição. A vossa acção não é portanto criativa, a vossa acção não nasce da inteligência, que é a própria plenitude. Não há alegria, não há êxtase, não há plenitude de vida, não há amor.
Portanto, não tendo essa inteligência criativa que é a compreensão do meio, o homem começa a brincar dentro dos muros da prisão, começa a embelezar e a decorar a prisão e põe-se à vontade dentro dos seus muros; e pensa e espera trazer a beleza para aquela feia prisão. Em consequência começa a reformar, procura e encontra sociedades que falam de fraternidade, mas que também estão dentro da prisão; tenta tornar-se livre embora permaneça possessivo. Assim, a este embelezamento, a esta reforma, a esta brincadeira, a esta procura de conforto dentro dos muros dessa prisão, ele chama viver, funcionar, agir. E como não há inteligência, não há o êxtase criativo do viver, tem que ser sempre esmagado pela falsa estrutura que ele ergueu. Começa portanto a resignar-se à prisão porque vê que não a pode alterar, não pode deitar abaixo estas limitações; porque não tem o desejo ou a intensidade de sofrimento que lhe exija deitar abaixo essa prisão, resigna-se a ela e foge para o romantismo ou foge através da glorificação do seu próprio ego. Ora a esta glorificação do seu próprio ego ele chama religião, espiritualismo, ocultismo, sejam científicos ou espúrios. Não é o que cada um faz? Por favor, isto não se aplica a vocês? Não digam que isto se aplica ao indivíduo que estamos a observar do topo do mundo. Esse indivíduo são vocês, o vosso vizinho, cada um de vocês. Portanto enquanto eu falo destas coisas, não olhem para o vosso vizinho ou pensem nalgum amigo distante, pois isso é apenas um escape imediato. Mas antes, enquanto falo, deixem que o espelho da inteligência seja criado à vossa frente, para que possam ver a vossa imagem, sem uma deformação, sem uma ideia preconcebida, e com claridade. Dessa claridade nascerá a acção, não o pensamento letárgico ou a mera modificação do meio. Mais uma vez, se não forem imaginativos ou românticos, se não procurarem o que se chama Deus ou religião, criam à vossa volta um turbilhão de azáfama, tornam-se inventores de esquemas, começam a reformar o vosso meio, a alterar os muros da prisão, e aumentam mais as actividades nessa prisão.
Começam, se não forem imaginativos ou românticos ou místicos, a criar cada vez maior actividade dentro dessa prisão, autodenominando-se reformistas, e assim criam cada vez maior limitação, restrição e caos na prisão. Por isso têm divisões antinaturais chamadas religiões e nacionalidades, causadas ou criadas pelos exploradores e perpetuadas para a sua própria afirmação e benefício.
Ora o que é a religião? Qual é a função da religião tal como é? Não imaginem uma religião maravilhosa, verdadeira e perfeita; estamos a discutir o que existe, não o que deveria existir. O que é esta religião da qual o homem se tornou escravo, à qual sucumbiu estupidamente, irremediavelmente, para ser trucidado no altar pelo explorador? Como é que foi criada? Foi o indivíduo quem a criou através do desejo da sua própria segurança, o que naturalmente gera medo. Quando começam à procura da vossa própria segurança através do que chamam espiritualidade, o que é espúrio, têm que ter medo. Quando a mente procura segurança, o que é que espera? Que lhe seja garantida uma condição na qual possa estar à vontade, um ponto de certeza a partir do qual possa pensar e agir, e viver perpetuamente nessa condição. Mas uma mente que procura certeza nunca está segura. É a mente que não procura a certeza que se pode tornar segura. É a mente que não tem medo, que vê a futilidade de um objectivo, de uma culminação, de uma consecução, que vive inteligentemente, e por isso com certeza, e portanto é imortal.
Por conseguinte a procura de segurança tem que gerar medo, e do medo nasce o desejo de credos e crenças para evitar esse medo. Com as vossas crenças, os vossos credos, dogmas e autoridades, empurram o medo para segundo plano. Para evitar o medo procuram guias, mestres, sistemas, porque esperam que ao segui-los, ao obedecer-lhes, ao imitá-los terão paz, terão conforto. Eles são os impostores que se tornam sacerdotes, exploradores, pregadores, mediadores, swamis e yoguis.
Não acenem a cabeça em sinal de aprovação, porque todos vocês estão neste caos. Todos vocês estão presos nele. Só podem acenar a cabeça em sinal de aprovação quando estiverem livres dele. Ouvindo-me e acenando a cabeça mostram apenas aprovação intelectual de uma ideia que estou a expressar. E que valor tem isso?
Onde existe a ânsia de segurança tem que haver medo, portanto a mente e o coração procuram treinadores espirituais para aprenderem com eles maneiras de fuga. Tal como no circo os animais são treinados para actuar para divertimento dos espectadores, também o indivíduo através do medo procura estes treinadores espirituais a que chama sacerdotes e swamis, que são os defensores da espiritualidade espúria e das inanidades da religião. Naturalmente que a função dos treinadores espirituais é criar-lhes divertimento, e portanto inventam cerimónias, disciplinas e veneração; todos estes pretendem ser belos na expressão, mas degeneram em superstição. Isto é apenas velhacaria sobre a capa do serviço.
A disciplina é apenas uma forma de ajustamento a um meio de uma espécie diferente, e contudo a batalha continua dentro de vocês mesmos embora através da disciplina estejam a abafar aquela inteligência criativa. E a veneração, que na realidade é muito encantadora, que é afecto, o próprio amor, torna-se objectivada, explorada, inútil, sem qualquer significado ou valor.
Naturalmente, de todo este medo nasce a procura de segurança, a procura de Deus ou da verdade. Poderão alguma vez encontrar Deus? Poderão alguma vez encontrar a verdade? Mas a verdade existe; Deus existe. Não podem encontrar a verdade, não podem encontrar Deus, porque a vossa procura é apenas uma fuga do medo, a vossa procura é apenas um desejo de uma culminação. Por isso quando procuram Deus, estão apenas a procurar um local de descanso confortável. Certamente que isso não é Deus, isso não é a verdade; isso é apenas um lugar, um domicílio de estagnação do qual toda a inteligência é banida, no qual toda a vida criativa é extinta. Para mim a própria procura de Deus ou da verdade é a sua própria negação. A mente que não está à procura de uma culminação, uma meta, uma finalidade, descobrirá a verdade. Então a divindade não será um desejo exteriorizado, não realizado, mas essa inteligência que é, em si mesma, Deus, que é beleza, verdade, plenitude.
Conforme eu disse, nós criamos divisões antinaturais a que chamamos religiões e organizações sociais para a vida humana. Afinal, estas organizações sociais estão essencialmente baseadas nas nossas necessidades, nas nossas necessidades de tecto, comida e sexo. Toda a estrutura da nossa civilização se baseia nisso. Mas esta estrutura tornou-se tão monstruosa, e nós glorificámos as nossas necessidades tão terrivelmente, que as nossas necessidades de tecto, comida e sexo, que são simples, naturais e puras, tornaram-se complicadas e foram convertidas em hediondas, cruéis, aterradoras, por esta estrutura colossal e sempre em desagregação a que chamamos sociedade, e que o homem criou.
Afinal, descobrir as nossas necessidades na sua simplicidade, na sua naturalidade, na sua pureza, na sua espontaneidade, exige uma inteligência tremenda. O homem que descobriu as suas necessidades já não está preso pelo meio.
Mas porque há tanta exploração, tanta falta de inteligência, tanta desumanidade na glorificação dessas necessidades, esta estrutura a que chamamos nacionalismo, independência económica, organizações políticas e sociais, divisões de classes, prestígio dos povos e das suas culturas raciais – esta estrutura existe para a exploração do homem pelo homem e condu-lo ao conflito, à desarmonia, à guerra e a destruição. No fim de contas, é este o objectivo de todas as distinções de classes, é esta a função de todas as nacionalidades, governos soberanos, preconceitos raciais, esta absoluta deterioração e exploração do homem pelo homem, conduzindo à guerra. É assim que as coisas estão actualmente, toda esta estrutura, a criação da nossa mente humana que nós individualmente edificamos. Estas diferenças sociais e religiosas monstruosas, cruéis, aterradoras, dividindo, separando, desunindo os seres humanos, criaram devastação no mundo. Vocês como indivíduos criaram-nas; elas não nasceram naturalmente, misteriosamente, espontaneamente. Não foi nenhum deus milagroso que as criou. Foi o indivíduo que as criou, e somente vocês como indivíduos as podem destruir. Se esperarmos que nasça outro sistema monstruoso para criar uma nova situação para que vivam nela, tornar-se-ão de novo apenas escravos dessa nova situação. Não pode haver nisso inteligência, não pode haver nisso um viver espontâneo, criativo.
Como indivíduos têm que começar a perceber o verdadeiro significado do meio, seja do passado ou do presente, isto é, perceber o verdadeiro significado de mudar continuamente as circunstâncias; e na percepção daquilo que é verdadeiro no meio, tem que haver grande conflito. Mas vocês não desejam o conflito, querem reformas, querem que alguém reforme o meio. Como a maior parte das pessoas estão em conflito e tentam fugir desse conflito procurando uma solução, que pode ser apenas uma modificação do meio, como a maior parte da pessoas estão presas no conflito, eu digo: Tornem-se intensamente conscientes desse conflito, não lhe tentem fugir, não tentem procurar soluções para ele. Então, na intensidade do sofrimento, discernirão o verdadeiro significado do meio. Nessa claridade de pensamento não há desilusão, não há segurança, não há impedimento, e não há limitação.
Isto é inteligência, e esta inteligência é acção pura. Quando a acção nasce da inteligência, quando a acção é em si mesma inteligência, então não procuram essa inteligência nem a adquirem através da acção. Nessa altura há plenitude, suficiência, riqueza, a realização dessa eternidade que é Deus. E essa plenitude, essa inteligência, impede para sempre a criação de barreira e prisões.